terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Teatro de Máscaras!

Dia após dia, o comércio de máscaras cresce e se expande.
Não me refiro ao Carnaval ou aos atuais Casamentos cercados de acessórios para dançar "Macarena"... Longe disso! Afinal, no Carnaval as pessoas costumam revelar seus sentimentos de uma forma mais espontânea e verdadeira, talvez movidas pela máxima de que, no Carnaval, tudo é permitido. Em tais Casamentos os convidados, além de cometer o pecado da gula e reclamarem que os salgados estavam com aroma artificial de Microondas, e as bebidas alcoólicas poderiam estar mais álgidas, na névoa da comemoração, exibem quem realmente são em danças, excessos e libido descomedido.
Neste Artigo me refiro às máscaras que as pessoas usam no cotidiano, que tiram do guarda-roupas como uma peça de vestuário, da cor e formato que mais combinam com a ocasião. Tão comum como uma camisa ou uma calça, tão normal que, se você sai de casa e esquece essa preciosa peça de roupa, termina chocando a todos como se estivesse completamente nu. Que seja melhor a nudez honesta que vestir algo falso, com medo de mostrar o que se sente ou pensa.
E como é cansativo carregar um disfarce diferente todos os dias!
Não há nada mais triste que simular a felicidade. É digno de pena aquele que, vestido com sua máscara mais vistosa, se auto-proclama feliz e, como num pacto silencioso ou num transe coletivo, as pessoas aplaudem. Ninguém se arrisca a gritar que o Rei está nu. A partir daí vem as práticas medonhas, como a de inventar estratégias para se destacar, perseguir festas e eventos insossos, acontecimentos e reuniões de grupos segmentados, para exibir-se inserido num determinado contexto. Roupas de grife, infinitos carnês mascarando veículos especiais, tecnologia móvel com alto apelo visual, dentre outros exemplos típicos do dia-a-dia, são apresentados aos nossos olhos com tanta frequência, que a própria visão banalisa tais fantoches.
Para alguns, integração social é sinônimo de atitudes superficiais e sorrisos, expressões e sentimentos simulados, onde, por vezes, até o Amor é simulado, apenas para estar igual aos outros, movido pelo combustível do medo de mostrar-se de cara limpa e ser enxotado pelos intolerantes.
Estar integrado já não é tão interessante como antes e a ignorância e a falsa intelectualidade já não são mais uma benção. Ser apocalíptico é a nova onda. Pode ser que a maioria não entenda, que muitos se afastem, e você se transforme em um lixo social, porque não será mais um deles. Mas que isso importa, se você estiver nu, sendo absolutamente VOCÊ e feliz de verdade, pela primeira vez, tão feliz que vai até poder compartilhar isso.
Definitivamente vai sentir-se mais leve, sem o peso da máscara, compartilhando este sentimento para conquistar a felicidade plena!
NAMASTE!

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