terça-feira, 29 de julho de 2008

Perfil do AMOR!

No infinito do tempo e além do espaço, quando a Providência se expande na atividade criadora, a Sua irradiação matriz modeladora tornou-se a primeira emissão de Amor de que se tem notícia.
Desde então, tudo o que pulsa e vibra é conseqüência dessa força motriz que vivifica, tornando-se gênese essencial de onde surgem as manifestações vitais.
O Amor, por isso mesmo, é a vida em crescimento, que desdobra o germe latente atraído pelo magnetismo central do Amor Providencial.
Onde reinam os problemas, o Amor enseja a necessidade do conhecimento, a fim de que se logrem as soluções. Quando os seres se atraem – vegetais, animais e seres humanos – para o milagre da forma, é o Amor que os impele ao fenômeno da comunhão. O Amor é sutil e enternecedor, com capacidade transformadora, mediante a qual se perpetuam as expressões da vida que, em jamais se extinguindo, alteram-se e renovam-se, desdobrando-se em formas diferentes até culminarem na perfeição. A mão que dilacera a árvore com instrumentos cortantes ou fere a entranha da terra para lograr a bênção da utilidade ou do pão representa o Amor que trabalha e produz, repetindo a experiência inicial da ação criadora da Providência.
A dor que despedaça a alegria e assinala os sentimentos ainda assim é o Amor na sua condição de realizador incessante, trabalhando os metais ásperos do ser, a fim de que se arrebente a grosseira forma, libertando a essência ditosa, qual ocorre com a glande que despedaça o envoltório rude para que o carvalho esplenda e frondeje. Na maternidade ou na paternidade, o Amor gera e protege, sacrifica-se e doa-se até a exaustão, de forma que a felicidade se expresse na realização do(a) filho(a). O sorriso, que explode jovial, e a lágrima, que suavemente escorre da ânfora do coração, traduzem as valiosas manifestações do Amor em júbilo ou em sofrimento, mas sempre Amor.
O ódio então representa a loucura momentânea do Amor, que se recuperará sob as bênçãos do sofrimento e da transformação natural em direção à vida. Somente o Amor possui a força transformadora para a realização dos objetivos existenciais. O animal que apóia a prole e a defende, também ama, na forma de instinto, enquanto o ser, possuidor de razão, exterioriza-o com lucidez e cuidado. Na sombra densa como no pau venenoso, onde reinam a ameaça e a peste, o Amor, acendendo luz e drenando o charco, altera-lhes a paisagem, que se faz claridade, jardim ou pomar.
Quando a criatura humana amar com a profundidade real que a leva a esquecer-se de si mesma, o seu Amor evitará a guerra e libertará as vidas, por ser a força do Bem inteiramente livre e saudavelmente direcionada.
No Amor se iniciam todas as coisas e seres, e no Amor se tornarão plenas todas as formas da criação...
Hoje, no exterior do Meu Cazzzulo, tudo é Amor!
Inusitadamente, a Paixão e o Amor me consomem...
Veremos cenas
dos próximos capítulos!
NAMASTE!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Por Gentileza?

Nestes tempos de muita preocupação consigo mesmo, e de pouco tempo para o outro, de tempos "sem-tempo", quero chamar a atenção para uma virtude que anda meio esquecida: a gentileza.
Gentileza que não quer dizer fraqueza, que não quer dar conotação de “puxação de saco”, e nem sequer é virtude só para mulheres. Gentileza que significa cortesia, amabilidade, fidalguia, bom tratamento. Tem um poder muito grande e tem relação direta com a inteligência bem como denota elevação moral.
Muitos se desculpam dizendo "não tenho tempo para estas coisas". Porém, sempre é tempo para uma palavra de amizade, para um telefonema cordial, para um sorriso de afeto, dirigido mesmo àqueles que parecem endurecidos e impermeáveis às boas maneiras.
A gentileza depende do hábito. Comece hoje a cultivá-la. Há muitas maneiras de adquirir esse hábito, mas é necessário ter disciplina, disposição e força de vontade. Pode-se ser gentil com os superiores, mas é muito mais difícil ser gentil com os subalternos ou com os familiares e amigos próximos, e são esses últimos justamente aqueles com quem acabamos desdenhando as regras da conduta sadia.
Pode-se ser gentil no trânsito, com os transeuntes, em casa, no trabalho, em todos os lugares. Mas cada vez é mais raro ver-se, por exemplo, uma pessoa que dê lugar a outra dentro de um ônibus lotado, ou em uma fila, pessoas ajudando outras a carregar sacolas, a levantar objetos caídos, a ajudar um idoso a atravessar a rua, ou a empurrar um carro que não pega. As pessoas alegam que não têm tempo, mas na verdade o tempo nós criamos. Quantos de nós passamos horas à frente dos tele-jornais e das novelas e alegamos falta de tempo para agradecer uma carta, um e-mail, um convite ou um favor recebido.
Outro cuidado que não temos: quando precisamos fazer um telefonema, não cogitamos se estamos a incomodar o outro na hora em que ele pode estar mais ocupado. É importante que não façamos ligações em horas tardias, nem tomemos o tempo por mais de dois minutos em assuntos triviais. Quando esses pequenos gestos de fraternidade e reconhecimento vão sendo esquecidos, a pessoa vai ficando fria e áspera, acreditando que todos devem ser gentis para com ela, mas esquecendo que esse dever é recíproco e que devemos dar o primeiro passo.
"Muito Obrigado", "Por Favor", "Está ótimo o seu café!", "Bom Dia", "Boa Tarde", "Desculpe", “Boa Noite”, são expressões que estão se ouvindo cada vez menos.
Nosso teste permanente é com os familiares. No tom de voz, no tempo que lhes damos, nas pequenas atitudes para com o cônjuge, seja oferecendo-se um dia para enxugar a louça, para passar o aspirador, ou surpreendê-lo com um café na cama. Nosso exemplo é seguido pelos filhos. Não podemos chamar-lhes a atenção por tratar rispidamente a empregada se nós próprios não os ensinamos, pelo exemplo, a respeitar e a pedir "Por Favor” mesmo àqueles a quem pagamos para trabalhar para nós.
Outra maneira de demonstrarmos nossa civilidade é a forma como tratamos o pedinte. Mesmo que não possamos lhe dar nada, o importante é tratá-lo como ser humano, sem diminuir-lhe ainda mais a sua dignidade. Se não pudermos orientá-lo ou ajudá-lo, pelo menos vamos vibrar positivamente, em silêncio, certos de que o nosso pensamento poderá suavizar o seu padecimento.
Já não se fala do respeito aos animais ou à Natureza que apenas o ser mais evoluído espiritualmente consagra na forma devida. A gentileza tem um pouco de renúncia e muito a ver com a generosidade, que é irmã da caridade... Por isso que quanto mais elevação espiritual, mais gentil seremos. Aliás, o culto à gentileza é uma preparação ao respeito e a cordialidade social, onde seres preponderam nos círculos de Espíritos mais conscientes.
O primeiro degrau do Pseudo-Paraíso chama-se gentileza. A pessoa gentil usa da inteligência e é por isso que é mais bem sucedida, sempre, ainda que não deva usar a gentileza com essa intenção oculta. A pessoa gentil tem paciência no ouvir as pessoas, mesmo aquelas cuja conversa parece não trazer nada de útil. Segundo Chico Xavier, às vezes é preciso peneirar muito cascalho para se obter um grama de ouro.
Mas em toda conversa sempre há alguma coisa que se aproveite...
Por isso, um sinal nítido de inteligência é a pessoa que ouve, onde aumenta seus conhecimentos praticando a gentileza.
Engana-se o que pensa que a gentileza é própria da mulher. Precisamos progredir em tudo e por isso a afabilidade e a gentileza têm vez em qualquer pessoa e em qualquer lugar, demonstrando o longo caminho já percorrido.
Quando adquirimos o hábito da gentileza, esse proceder se torna uma segunda natureza. Agimos assim porque sentimo-nos bem, não o fazendo somente para se sentir virtuoso ou para que os outros admirem-nos. Ainda que você não acredite em tudo o que pode a gentileza, ainda que ache que tudo isso é exagero, se você for gentil, estará presenteando a si mesmo, porque tornará sua vida bem mais prazerosa.
E viver de bem com a gente mesmo já é um grande passo
para viver de bem com toda a Humanidade.
NAMASTE!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Faces do Dinheiro!

O Dinheiro assume em nossa experiência variados aspectos.
Temos o Dinheiro em diversas modalidades, auxiliando ou prejudicando, iluminando ou denegrindo...
Encontramos no Dinheiro a alegria que se transforma em alimento na boca das crianças desamparadas...
No Dinheiro encontramos a tranqüilidade que consegue pacificar o coração desditoso do homem de bem, cujas mãos chagadas no dever cumprido não podem atender às exigências do lar...
O Dinheiro proporciona a fraternidade que acende
o estímulo de viver nos corações amarfanhados pelo infortúnio...
O Dinheiro fornece a luz que incentiva o estudo nobre,
a fim de que o próximo se liberte das teias da ignorância...
O Dinheiro carrega na bagagem o progresso que distribui as bênçãos do trabalho para milhares de pessoas, conjugadas no serviço da indústria e da globalização...
O Dinheiro oferta a caridade que nutre as energias das mães sofredoras e protege o corpo engelhado de velhinhos sem esperança...

Mas vemos igualmente e de maior proporção a usura, o Dinheiro criando indiferença e crueldade naqueles que o entesouram...
O Dinheiro também traz sofrimento, gerando amargura e tédio naqueles que o amontoam, à custa das lágrimas de seus semelhantes...
O Dinheiro pode criar a mais cruel treva, envolvendo em nevoeiro de perturbações e de mágoas todos aqueles que o acumulam, ao preço da alheia infelicidade...
O remorso também é fruto do Dinheiro, estabelecendo aflição e pesar nas almas desprevenidas que o amealham nos espinheiros do crime...
O Dinheiro desenvolve a angústia, trazendo tempestade de pranto naqueles que o entravam, em deplorável cegueira, perante a necessidade dos semelhantes...

Dinheiro!... Dinheiro!... Dinheiro!...

Sim... É possível conquistar, manipular e até poupar o Dinheiro que conduz à Providência...
Entretanto, quase todas as criaturas não sabem construir com ele senão o inferno a que se arrojam e, no dia em que a morte lhes abre o caminho da grande transição, são capazes de abrir mão do grande castelo construido com orgulho e arrogância, apenas para usufruirem alguns nanosegundos mais dessa passagem.

Que a Providência e todas as reações neurais humanas, relacionadas direta e/ou indiretamente ao Dinheiro, auxiliem a compreender o real significado do bem supremo da vida e a movimentá-lo, segundo os ditames de todas as religiões, todas as ciências e absolutamente todos os dogmas e doutrinas.

Que para cada moeda desprendida em prol de pseudo filantropias sejam também desprendidas outras que apontem o entendimento e significado do quanto seu semelhante é importante, pois é ele quem constrói o grande monopólio social capitalista.
Um brinde ao seu semelhante, engrenagem "sine qua non" para a construção dos grandes impérios conhecidos e, lamentavelmente, responsável também pelas grandes próximas fortunas que virão!

Mas ATENÇÃO:
Mantenha-se alimentado, se possível, a cada 3 horas...
Ao chegar sua hora de transmutar para o outro plano, torça para ter almoçado, pois é a única fortuna que levarás!
NAMASTE!

domingo, 6 de julho de 2008

Auto-Diagnóstico!

É preciso que se saiba de uma coisa:
A responsabilidade encontra-se no seu colo, aguardando que você retome a frente da nau, e assuma seu papel na expansão do Universo... Ponto!
A partir desta conclusão e da decisão de assumir tal certeza, o próximo passo é verificar em qual energia você se encontra. A energia atual que envolve sua vida, seus amigos, sua família, sua profissão e suas prospecções de sucesso são fluídos que você próprio(a) atraiu, com atos, decisões e responsabilidades do passado! Ao diagnosticar passos falhos do passado, é lógico e verdadeiro traçar passos distintos a estes, caso caminhos semelhantes venham a existir!

Quando você aprende e desenvolve a prática de diagnosticar atos do passado que plantaram os frutos que hoje alimentam você e os seus, essa auto-análise acaba por tornar-se uma diversão, pois ao verificar falhas, fica claro o melhor caminho a seguir nos próximos obstáculos e você começa a mapear os passos dados no passado, criando e desenvolvendo um histórico de situações, um histórico de "coisas erradas" que você fez, onde você pode recorrer sempre que houver necessidade, como se fosse um "Museu de Cagadas!"...
(Este parágrafo foi propositalmente pensado para ficar longo mesmo... só as pessoas realmente engajadas e dispostas a mudar definitivamente a condução da própria vida, conseguirão entender e interpretar tal narrativa!)

Após o auto-diagnóstico, por vezes você ri de situações e atos cometidos no passado, cognitivamente explanando que, hoje, tomaria decisões e rumos diferentes e/ou mais aperfeiçoados!

Ok... A partir de agora sou responsável pela condução de minha vida, vou mapear as "cagadas", usá-las como um "Guia de como NÃO fazer...", e... Mas e daí? O que fazer a partir daí?

Monitore seus passos, monitore seus pensamentos... Seus pensamentos criam e atraem energia de mesmo grau e intensidade...
Para saber se seus pensamentos não estão "De Acordo", conforme suas próprias regras de conduta, basta prestar a atenção nas emoções e sensações que você está sentindo neste exato momento...

Está baixo astral, preguiçoso(a), pensamentos pessimistas??
Mude a energia... Levante do sofá... Pegue um livro pra ler... Assalte a geladeira (cuidado com os excessos!)... Faça um café ou um cappuccino, mas se mexe... Mude a Energia!!

Faça um auto-diagnóstico:
- Assuma a responsabilidade;
- Tente perceber a energia que seus pensamentos estão criando;
- Conclua algo, mesmo que a conclusão seja negativa... Seja crítico consigo mesmo(a)!;
- Mude a Energia...

Faça algo (ou alguma coisa...)
No mínimo você vai iniciar a escalada rumo
ao "térreo" do poço, antes sem fundo, onde você se encontrava!
NAMASTE!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Equilíbrio!

O ser humano costuma
ser advogado de si e juiz dos outros!
Ele dá desculpas e justificativas
por suas falhas, mas acusa
seu semelhante pelos erros cometidos...
Aliás, para ele, todo passo alheio
é passível de correção!

O ser humano é capaz de julgar seu semelhante como se estivesse ao alto de um púlpito sagrado, mas "os fins justificam os meios!"... Ele é capaz de apontar o dedo, julgar, ofender, ferir e humilhar o menor e o menos favorecido, mas não reconhece seu próprio erro de estratégia e/ou planejamento...

Ele produz, mas sempre melhor do que o outro...
Estende a mão esperando gratidão e dívida moral...
Ele conduz a própria caminhada (e a alheia...) com infinita precisão...
Falhas? Operacionais... O ser humano não erra... É vítima de pseudo desvio de trajetória...

O ser humano NÃO ERRAAAAA!

BASTAAA!
Basta de hipocrisia e falso moralismo medíocre...

Basta de peças teatrais mal dirigidas...
Basta de atores de quinta interpretando Pilatos...
Basta de falsas caridades... Paliativos eleitoreiros...

O ser humano precisa julgar a si próprio!
É necessário que os olhos se voltem ao próprio umbigo...
Ainda que os pesos sejam equivalentes nos dois pratos, a qualidade da balança depende do rigor de ser fiel...
De nada adianta manter um suposto equilíbrio, se os pratos da balança foram construídos com matéria-prima de qualidade distinta e duvidosa!

Se me torno um observador inerte e isento, estarei apoiado no ponto de equilíbrio:
Nem muito envolvido nem distante demais!...
Me mantenho coadjuvante, como os laicos anseiam!

No momento que o ser humano toma em punho a nau alheia, ele se dá o supremo arbítrio de apontar um falso Norte, para que a busca seja exaustiva e quase enlouquecedora,
enquanto que, a passos sutis e ingênuos, trilha sua caminhada, desfilando seu,
cito novamente, falso moralismo medíocre!

Aos Antagonistas resta-lhes o canto da parede,
à serem esmagados como aqueles tais seres
que suportam um ataque nuclear!
Aos Questionadores são reservadas
humilhações e ofensas em praça pública!
Aos Coadjuvantes, Inertes e Isentos?...
Assistem um deprimente reinado!

Nesse ponto de um filosófico e metafórico desabafo (mas com algoz certo!),
as intenções subliminares são percebidas e subjetivas também serão as reações...

No epílogo de meu devaneio minhas conclusões e decisões são claras:

Cada um que assuma total responsabilidade
pela própria vida e tenha o comprometimento
de levá-la adiante... A vida alheia é problema alheio!
NAMASTE!