sábado, 28 de fevereiro de 2009

RSS Mental!

Na Blogosfera você encontra vasto material de pesquisa, sobre quase infinitos assuntos, sobre vários prismas, várias idéias são propostas, e inúmeros devaneios são divagados. Vomitar suas reflexões e pensamentos, compartilhá-los com o Universo Físico-Virtual, perceber identidades e afinidades comuns, este cenário muda o conceito e a noção de distância. Hoje, estar perto significa conversar instantaneamente pela Internet, manter amizades por critérios de afinidade em redes virtuais sociais, fantasiar um perfil virtual de personalidade de alguém que você gostaria de ser... Apenas e tão somente para, ilusoriamente, integrar-se a sociedade.

Em outros tempos, escrever resumia-se em expor entre papel e caneta (ou lápis!) suas idéias e pensamentos, muitas vezes apenas o resumo do seu dia, na maioria dos casos em um caderno cheio lembrancinhas de amigos(as), absolutamente confidencial.
Hoje escrever transpõe a simples manifestação da escrita, pois pequenas palavras e/ou linhas são o suficiente para conectar afinidades e pensamentos comuns.

Os Blogs são o retrato atual da evolução da escrita, não mais em cadernos confidenciais, mas desde o resumo diário de um(a) adolescente até mesmo a formação e/ou manipulação de idéias, conceitos e teorias dos grandes veículos de manipulação de massa.
Muitos blogs estão densamente interconectados, pois blogueiros lêem os blogs uns dos outros, criam enlaces para os mesmos, referem-se a eles na sua própria escrita, e postam comentários nos blogs uns dos outros.
Por causa disso, os blogs interconectados criaram sua própria cultura!

Neste Universo da Blogosfera, onde exponho minha textualidade por dois canais distintos (Meu Cazzzulo e Dicas do Quaresma), sou assíduo leitor de Blogs cujo conteúdo e inspiração comum é a de que o ato criativo, assim como o de compreensão, cognição e a consciência moral ocorrem primordialmente e originalmente na mente de cada ser humano uno e indivisível, e não em comitês ou coletividades.
Na leitura de um artigo específico do Blog O Indivíduo deparei-me com a menção ao site Wordle.net que, ao filtrar o RSS dos artigos de um Blog/Site, produz imagens com base na freqüência relativa das palavras. O resultado é surpreendentemente interessante e esteticamente agradável.
Por Exemplo, para o Meu Cazzzulo, o Wordle produziu as imagens que ilustram este artigo que, com mínima percepção, fica clara a representação de um instantâneo de minha personalidade.
NAMASTE!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pensamentos, Emoções e Sentimentos!

O bem maior da humanidade é a realização completa de sua razão, conseguindo dominar os seus sentimentos e desejos e, a partir daí, todos eles perdem seu sentido de ser. Em uma camada mais profunda, toda e qualquer ação foi resultado de emoções e sentimentos, estes que resultaram de um único pensamento.
Indo um pouco mais além, sendo objetivo e sem devanear, Instinto/Intuição (existe diferença entre um e outro!) geram pensamentos e, conforme emoções e sentimentos, podemos (ou não!) torná-los pensamentos dominantes e... AÇÃO!
Mas toda força criativa não é acionada diretamente pelo pensamento. Ações criativas são decorrentes de emoções e sentimentos. Portanto, os sentimentos desempenham um papel muito importante, porque são eles que acionam todos os pensamentos dominantes e a materialização das ações. Nosso subconsciente é a sede de todas as emoções, de todos os sentimentos, e nossa consciência é apenas uma área mental onde são registrados as emoções e os sentimentos já experimentados. Esta é a razão porque as emoções e os sentimentos gravados no subconsciente se manifestam com tanta força, pois emoções e sentimentos são como alertas de caminhos a seguir, avisos muitas vezes ignorados de nosso atual estado de espírito.
É chegado o momento onde é fundamental diferenciar emoções de sentimentos. Na verdade emoções e sentimentos caminham muito perto um do outro, até porque afloram do mesmo ponto, do subconsciente, mas as emoções são mais primitivas, instintivas, carentes de censura, enquanto que os sentimentos são emoções filtradas pela consciência e pela evolução do espírito.
Portanto, temos etapas nitidamente definidas:

1) Instintos/Intuições;
2) Pensamentos;
3) Emoções/Sentimentos;
4) Pensamentos Dominantes;
5) Ações e Materialização.

O grande desafio está no processo e grau evolutivo do indivíduo, ou seja, se ele aceita ser movido pelos instintos e a irracionalidade (Emoções!) ou pela sua bagagem de experimentações e espiritualidade, assumindo seu livre-arbítrio e todas as suas conseqüências (Sentimento!).
A emoção é um estado afetivo intenso, muito complexo, proveniente de reações ao mesmo tempo mentais e orgânicas, sob a influência de certas excitações internas ou externas. Na emoção existe forte influência dos instintos, das inferioridades e da irracionalidade.
O sentimento se distingue da emoção por estar revestido por um grande número de elementos intelectuais e racionais. No sentimento existe alguma elaboração no sentido do entendimento e compreensão, já acontecendo uma aproximação da reflexão e do livre-arbítrio, da espiritualidade, da racionalidade e do grau de evolução humana.

Alegria é um Sentimento... Euforia é Emoção!
A Alegria é espontânea, na maioria das vezes não depende de um motivo ou causa, ela simplesmente acontece e transborda, é calma e contagiante. Já a Euforia atropela, é inadequada, incomoda e é pouco diplomática. Normalmente, após a Euforia seguem quadros de frustração, depressão e apatia.

Tristeza é um Sentimento... Depressão é Emoção!
A Tristeza é inevitável em algumas situações da vida, mas ela pode ser vivenciada juntamente com a Paz, porque acontece a compreensão de que tudo é passageiro e transitório, como também aprendizado. Depressão é o mergulho melancólico e caótico do autoflagelo emocional e da desesperança.

Medo é um Sentimento... Pânico é Emoção!
Os medos são muitos e até servem como autoproteção, autopreservação ou alerta. Pânico é o medo constante, sem motivo aparente ou real, que paralisa, revelando falta de lucidez e confiança. Coragem (Coração + Ação!) é agir com medo!

Raiva é um Sentimento... Ódio é Emoção!
É humano expressarmos o sentimento de raiva, até como um posicionamento, um discernimento. Mas este sentimento deve ser rápido, passageiro, o tempo de aprender como transformá-lo em atitudes realizadoras, oportunidades do exercício da paciência, tolerância e compreensão. Jamais deixe que a Raiva se transforme em Mágoa, Rancor ou Ódio, pois este é o caminho da autodestruição.

Amor é um Sentimento...
Paixão é Emoção!

O Amor anima e liberta. Junto com a Paixão vem de brinde o Ciúme, a Dor, a Insegurança e a Possessividade. Quantos casos conhecemos em que Paixões foram avassaladoras, destruidoras e maléficas?
Quanto já se viu o Amor construindo, fomentando o Bem e a Paz?

Quando temos um sentimento desagradável, o primeiro desejo é evitá-lo. Porém, o ideal é voltar ao consciente, oxigenar literalmente sua mente, trazendo clareza e observação, identificando este sentimento em silêncio.
Trazendo a respiração consciente à pauta, quando inspiro, tomo consciência de que há um sentimento predominante. Expirando, percebo claramente a natureza deste sentimento. A respiração consciente é a forma mais poderosa à nossa disposição para nutrir e fortalecer o poder construtivo das questões emocionais e afetivas. Através da respiração consciente é possível entrarmos rapidamente em contato com nossos sentimentos, observá-los por uma ótica mais clara, oxigenada e, retomando o controle, administrá-los. Se a respiração for leve e tranqüila — resultado natural da respiração consciente — mente e o corpo se tornam leves, tranqüilos e claros, e os sentimentos acompanham tal leveza.
Se o sentimento é desagradável, como Raiva, Tristeza ou Medo, nomeados e identificados com clareza, fica mais sincera, profunda, organizada e planejada a forma de lidar com ele.
As filosofias orientais dominam este conhecimento e fazem uso desta ferramenta há milênios. Inclusive, de uma forma geral, os orientais não enaltecem aquele que alcançou o topo, e sim aquele que obteve o controle do poder de realização da força de seus pensamentos, emoções e sentimentos, em comunhão com uma devida respiração consciente e disciplinada.
Na cura dos sentimentos desagradáveis é fundamental o Amor e a prática da caridade. Não acredite em transformações sem Amor nem tampouco rejeite tais sentimentos ruins, mesmo porque, através da observação consciente, os sentimentos desagradáveis podem ser muito esclarecedores, proporcionando revelações e compreensão a respeito de nós mesmos, da nossa sociedade e, inclusive, alicerçando conclusões sobre os diversos graus da evolução humana. As emoções nos levam às ilusões, às falsas expectativas e à distorção da realidade. Ficam comprometidos o discernimento e a capacidade de julgamento, faltando a luz da Providência engajada em nossa evolução espiritual. Por outro lado, os sentimentos nos fazem crescer, expandem nosso Universo, e o sentimento puro e verdadeiro traz Compreensão, Amor, Perdão e uma límpida sensação de Paz!
Portanto, fique atento a seus Instintos e Intuições, faça uma análise clara de seus pensamentos e emoções, gere sentimentos sadios... e AÇÃO!
NAMASTE!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ser Espiritual!

Simples em sua complexidade,
é bem assim o Ser realmente Espiritual:
Não é um ser pacatamente virtuoso, não é o centro da divina fé, não é uma alma dogmaticamente mansa e domesticada para encampar docilmente as crenças tradicionais. O Ser integralmente Espiritual é um intrépido aventureiro dos mundos ignotos, com ânsia de conhecer e estudar o imutável, um genial sonhador do infinito, uma alma empolgada pela dinâmica inquietude metafísica dos insatisfeitos, dos insaciáveis, dos descontentes com o que todos sabem e fascinado pelo que todos ignoram. " Ser" Espiritual significa passar a dar prioridade às coisas espirituais, olhar para as coisas que são de dentro, manifestar imensa gratidão com a natureza, do àtomo às galáxias, do ínfimo grão de mostarda ao Girassol que acompanha o Sol, da água que bebe aos grandes mares que banham sua morada, além de direcionar sua atenção às perguntas sem respostas e entender que vivendo em relação espiritual com a Providência, automaticamente a vida material reage com o toque celestial, de acordo com sua vontade.
O Ser Espiritual interpreta, compreende e entende com discernimento citações, trechos e parábolas de grandes livros religiosos. Ele analisa e interpreta tudo e todos espiritualmente, pois sabe que tudo que vivencia, todas as expiações são obras das Leis Naturais do Universo reagindo com escolhas e reações humanas. O Ser Espiritual alimenta seu corpo físico e o mantém sadio e equilibrado, mas sacia sua sede de aprendizado e seu processo evolutivo com discusões, estudos e disciplinas espirituais, sem vínculos dogmáticos e/ou simbólicos. Ele agrega em sua bagagem farto conhecimento espiritual, mas não é soberbo, pois compartilha seus conhecimentos, preferindo o anonimato como garantia de humildade.
O Ser Espiritual não condena vícios, mas disciplina os excessos, usufruindo de seu corpo físico e de suas habilidades para vivenciar intensamente as provas e expiações que lhe são propostas, explorando os limites do corpo e da mente. Como bom estudioso dos mistérios da morte, aguarda sua chegada vestido com traje de gala, pois somente após a morte é que se conhecerá a verdade absoluta. Ele não cultua pessoas, imagens e símbolos onipotentes, pois sabe que a Providência, em sua infinita sabedoria, espera da humanidade apenas a prática do Amor e da Caridade. O Ser Espiritual, surdo aos barulhos da turbamulta dos deslustros e às teses dos catedráticos, escuta intensamente vozes do grande silêncio que grita além de todos os ruídos estéreis, e o que esse silêncio anônimo lhe sugere é mais sedutor do que tudo o quanto os discursos e os sermões dos sabidos e afamados possam lhe dizer...
Eu busco com todas as minhas forças preencher tais requisitos!
NAMASTE!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Reflexões de OSHO!

O Impossível Possível!

Quando você deseja o possível, o impossível também pode acontecer. Quando você deseja o impossível, mesmo o possível se torna difícil. O dia em que você decidir não pedir as coisas de que você gosta e, em vez disso, gostar das coisas que acontecem, nesse dia você se tornará maduro.


A Crítica na Direção Errada!

Quando você julga, nunca pode estar no presente – você está sempre comparando, sempre se movendo para trás e para frente, mas nunca no aqui e agora. Porque o aqui e agora simplesmente existe, e ele nem é bom nem é mau. E não há como dizer se ele é melhor, porque não há com o que comparar.
Ele simplesmente existe em toda a sua beleza...


Mesmas Paisagens!

Nunca tome nada como banal!
Quando você começa a tomar as coisas como banais, você está se acomodando, sua criança esta desaparecendo, sua capacidade de admirar-se está morrendo e, quando não existe admiração no coração, não pode haver reverência.
A reverência significa que a vida é tão misteriosa que realmente não há como compreendê-la.




O Umbigo Responsável!

A infelicidade não tem causa externa, pois a causa é interna. Você insiste em atirar a responsabilidade para fora de si mesmo, mas isso é apenas uma desculpa. Quando alguém o insulta, o insulto vem de fora, mas a raiva está dentro de você. A raiva não é causa do insulto, não é o efeito do insulto.
Se não houvesse a energia da raiva em você, o insulto permaneceria impotente.



Liberdade Flexível!

Você deveria ser capaz tanto de não fazer quanto de fazer coisas e, assim, você é livre.
Você deveria ser capaz de se sentar, sem nada fazer, tão perfeita, bem-aventurada e belamente como quando está trabalhando duro e fazendo muitas coisas e, dessa maneira, você é flexível.


Silêncio Necessário!

Se você não sentir vontade de conversar, não converse e não diga uma única palavra que não esteja vindo espontaneamente de você. Não se preocupe se as pessoas acharem que você está ficando maluco.
Aceite isso!
Se elas acharem que você ficou mudo,
aceite isso e desfrute sua mudez!



A Beleza Instantânea!

Você está sentado... é um anoitecer silencioso.
O sol se foi, e as estrelas começaram a aparecer.
Simplesmente esteja presente...
Nem mesmo diga: “Isso é belo”, porque, no momento em que você diz que algo é belo, ele não é mais o mesmo. Ao dizer belo, você está introduzindo o passado, e todas as experiências que você disse serem belas coloriram a palavra.
Por que trazer o passado?
O presente é tão vasto, e o passado tão estreito.
Por que olhar por um buraco na parede, se você pode sair e olhar todo o céu?

Citações adaptadas do Livro "Osho todos os dias" (Editora Verus)
NAMASTE!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Você é o que o espelho lhe mostra?

Imagine em sua mente a coisa mais incrível já projetada pela humanidade. Do átomo à Leitura do DNA. Que nome lhe vem a mente quando eu digo as palavras "gênio criativo?" Em quem você pensa quando menciono compaixão e amor de Deus? Que nome de autor lhe passa pela cabeça quando menciono "poesia", "drama", "mistério", "ficção" e "comédia"? O que você vê quando digo "força" e "poder"? Finalmente "vencedor", "bem sucedido" ou "modelo exemplar"?
Aposto uma refeição para 100 crianças necessitadas que você nunca se viu em qualquer dessas imagens.
Olhe suas mãos. Elas não são iguais as mãos do hábil artista, do arquiteto, do pedreiro ou do técnico?
Se for radiografar o seu crânio, você não encontrará a mesma matéria cerebral que ocupa o espaço entre as orelhas de Einstein, Platão e Disney?
Segure sua mão contra seu peito. Pode sentir o bater de um coração capaz de sentir dor pelo desabrigado e pelo faminto? Não é a mesma batida encontrada no peito de Jesus, Gandhi ou dos milhares de missionários ao redor do mundo?
Olhe seus dedos. Eles não são iguais aos dedos de muitos que seguraram as canetas que escreveram palavras que formaram o mundo?
Olhe os seus pés. Mostre-me a diferença entre os seus e os dos ganhadores de medalha de ouro na Olimpíada ou os dos salvadores que carregaram as pessoas para fora dos escombros no trágico terremoto de Taiwan.
Finalmente. Feche os seus olhos enquanto você fica na frente de um espelho e retrate em sua mente aquele homem ou mulher que você considera um grande vencedor e modelo exemplar. Abra os seus olhos e explique para mim qual a diferença entre você e essa pessoa.
Não há nenhuma diferença... exceto em como você se percebe.
Você tem a mente, as mãos, os pés, os dedos e o coração para ser exatamente o que você quer ser. A única coisa que lhe impede é a pessoa que você vê no espelho.
Você tem tudo o que precisa!
NAMASTE!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Teatro de Máscaras!

Dia após dia, o comércio de máscaras cresce e se expande.
Não me refiro ao Carnaval ou aos atuais Casamentos cercados de acessórios para dançar "Macarena"... Longe disso! Afinal, no Carnaval as pessoas costumam revelar seus sentimentos de uma forma mais espontânea e verdadeira, talvez movidas pela máxima de que, no Carnaval, tudo é permitido. Em tais Casamentos os convidados, além de cometer o pecado da gula e reclamarem que os salgados estavam com aroma artificial de Microondas, e as bebidas alcoólicas poderiam estar mais álgidas, na névoa da comemoração, exibem quem realmente são em danças, excessos e libido descomedido.
Neste Artigo me refiro às máscaras que as pessoas usam no cotidiano, que tiram do guarda-roupas como uma peça de vestuário, da cor e formato que mais combinam com a ocasião. Tão comum como uma camisa ou uma calça, tão normal que, se você sai de casa e esquece essa preciosa peça de roupa, termina chocando a todos como se estivesse completamente nu. Que seja melhor a nudez honesta que vestir algo falso, com medo de mostrar o que se sente ou pensa.
E como é cansativo carregar um disfarce diferente todos os dias!
Não há nada mais triste que simular a felicidade. É digno de pena aquele que, vestido com sua máscara mais vistosa, se auto-proclama feliz e, como num pacto silencioso ou num transe coletivo, as pessoas aplaudem. Ninguém se arrisca a gritar que o Rei está nu. A partir daí vem as práticas medonhas, como a de inventar estratégias para se destacar, perseguir festas e eventos insossos, acontecimentos e reuniões de grupos segmentados, para exibir-se inserido num determinado contexto. Roupas de grife, infinitos carnês mascarando veículos especiais, tecnologia móvel com alto apelo visual, dentre outros exemplos típicos do dia-a-dia, são apresentados aos nossos olhos com tanta frequência, que a própria visão banalisa tais fantoches.
Para alguns, integração social é sinônimo de atitudes superficiais e sorrisos, expressões e sentimentos simulados, onde, por vezes, até o Amor é simulado, apenas para estar igual aos outros, movido pelo combustível do medo de mostrar-se de cara limpa e ser enxotado pelos intolerantes.
Estar integrado já não é tão interessante como antes e a ignorância e a falsa intelectualidade já não são mais uma benção. Ser apocalíptico é a nova onda. Pode ser que a maioria não entenda, que muitos se afastem, e você se transforme em um lixo social, porque não será mais um deles. Mas que isso importa, se você estiver nu, sendo absolutamente VOCÊ e feliz de verdade, pela primeira vez, tão feliz que vai até poder compartilhar isso.
Definitivamente vai sentir-se mais leve, sem o peso da máscara, compartilhando este sentimento para conquistar a felicidade plena!
NAMASTE!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bossa Humana!

De que são feitas as pessoas?
Por que não são todas iguais, niveladas por cima?
Às vezes me vejo fazendo comparações estranhas. Penso, por exemplo, na música composta, na base, por apenas sete notas. Sons completamente distintos que, tocados um após o outro, se percebem únicos. Todavia, quando unimos tais notas em uma só peça, as notas deixam de ser apenas notas e tornam-se acordes. Se tocadas numa sequência lógica, formam escalas. Maiores, menores, cromáticas, pentatônicas, exóticas, diminutas, blues...
São tantas!
Assim, pois, vejo as pessoas. Isoladas, sozinhas, são exclusivas, cada uma com sua individualidade, personalidade, vicissitudes e grau evolutivo distinto. Emitem o seu próprio som, algumas vezes sinfônicos, por vezes estéreis, mas nos revelando suas particularidades. Mas basta que coloquemo-nas juntas para que formem um caleidoscópio brutal nem sempre harmônico. Aliás, quase nunca! Cada uma com sua peculiaridade, suas falhas e predicados, mas sempre sensível e interessante de ouvir.
Se as pessoas funcionam assim? Nem sempre. Às vezes sim, por um tempo, após o que, se desgastam, como uma corda velha e surrada de um violão. Assim é com a maioria. Ressalvemos os casos mais raros, nos quais a união de pessoas soa por décadas como as notas musicais: eternas! Muitos de nós já desejamos que assim fosse, longe das distorções e das dissonâncias... Afinados!
Nas relações interpessoais, sejam entre amigos, colegas de trabalho, desafetos de outros planos, e até mesmo relações familiares, que bom seria se os acordes massageassem nossos ouvidos... Muitas vezes estupram nossos tímpanos!
Mas só a música tem que soar de forma afinada e retilínea sempre!
As pessoas, não!
Aos nossos ouvidos seriam sem graça, sem sentido e sem propósito! Acordes perfeitos são raros entre elas, pois diferem em graus evolutivos, diversos são os traços de personalidades e, por conseguinte, a maioria desafina. Inúmeras relações apresentam sons acústicos e orquestrais, mas no backstage tais escalas não se formam, pois estão longe de serem lógicas. Nem que sejam de forma discreta e quase imperceptível, ali quase sempre tem uma nota atravessada.
À isso, na música, deram o nome de Bossa Nova. Na vida, porém, há muito, muito mais tempo, alguém decidiu dar a tais notas atravessadas e confusas, outro nome: Humanidade!
NAMASTE!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A Sombra da Lua!

Ao buscar interiormente a coragem, é possível reagir diante do medo e torná-lo, para o ego, uma auto-afirmação. A coragem é o herói, que com espada e armadura, emerge das profundezas de cada um de nós e se lança em defesa da realização em nossa existência. Os medos podem se tornar patológicos e doentios. Quando isso acontece são conhecidos como fobias, que têm como principal característica o fato de a pessoa reconhecer seu sofrimento como ilógico, não conseguindo se dominar. Em minhas pesquisas no exterior do Meu Cazzzulo, Freud identifica a origem das fobias nas zonas inconscientes da psique, onde estão
reprimidas as experiências que as determinaram.
O que realmente assusta não é o objeto em si, mas o desejo (ou a ação!) que ele simboliza e o qual a pessoa se esforçou para esquecer, pois sua censura não lhe permitiu admitir que sentisse (ou queria pôr em prática!). Se, por um lado, esse mecanismo causa sofrimento devido ao medo que provoca, por outro poupa o indivíduo de vários sentimentos incômodos que sentiria ao compreender seu verdadeiro conteúdo.
Em nossos dias, as chamadas Síndromes do Pânico são tratadas apenas com medicamentos. De fato, durante essas crises, muitos se vêem à beira da loucura ou do suicídio, e a medicação, nesses casos, sem dúvida ajudam a diminuir seu nível de ansiedade. Mas se pensarmos apenas em remover os sintomas incômodos através de processos químicos, os famosos "tarja preta", sem conhecer suas causas por meio da busca interior, com certeza estaremos perdendo uma grande chance de crescimento, pois toda crise objetiva um enriquecimento pessoal.
De qualquer maneira, precisamos ter coragem de enfrentar alguns de nossos grandes medos: Medo do sofrimento que a consciência de nossos conteúdos interiores possa trazer, dos instintos que virão à tona, da dependência e da entrega total às nossas fugas, e o principal deles, o de encarar sua realidade nua e crua, pois é preciso vencer o medo de ver nossa imagem sucumbir.
Um amigo, em uma conversa informal, soltou uma frase, para muitos negativa mas, a meu ver, objetiva e de positivismo claro: "Falido não, quebrado no momento!".
Para alguns, a falência profissional, financeira, ou pessoal é um dos maiores medos, pois admití-la é assinar um atestado de fracasso e frustração. Para outros, oportunidade de recomeço, bastando apenas encontrar no medo a força para prosseguir.
Na verdade, seja qual for a situação em que o medo se faça presente, certamente é preciso coragem para entender o seu significado real, sobretudo, integrando à consciência emoções por nós negadas e reprimidas.
Se entendêssemos essa regra e, por alguns instantes, parássemos para vislumbrar as belezas da natureza, perceberíamos que a Lua, em seu inocente e inebriante brilho, na verdade nos revela apenas sua própria sombra.
No Universo de seus neurônios, pare e utilize-os, pensando que sua quase insana necessidade de brilhar é, na verdade, a mais pura e clara representação de seus mais obscuros conteúdos psicológicos negados.
Brilhe menos, e dê uma atenção maior à sua sombra!
NAMASTE!