segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Loucos e Santos!

Escolho meus amigos não pela cor da pele, raça, dogma ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Ela tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante que, em tamanho e diâmetro, quanto mais minúscula, muito mais verdadeira!
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos, pois fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso, que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de melhor e pior em mim. Para isso, só sendo louco!
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos, quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos...
Quero-os metade infância,
metade velhice:
- Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
- Velhos, para que nunca tenham pressa!
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que o conceito de "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril daqueles que, para viver em Paz, abafam sua própria essência para ser "normal".
A vida é assim...
E assim se segue...
NAMASTE!

1 Comentário

Tamara disse...

O difícil mesmo é entender o que nos faz escolher os amigos... Pois são tantos os atributos, ou a falta deles, que nos perdemos em meio às verdadeiras razões...
Continuemos sendo loucos e santos!!!

Postar um comentário