terça-feira, 8 de junho de 2010

Preconceito & Discriminação!

O ser humano, ao longo de toda a sua história, manteve certo medo, ou até mesmo receio, pelas coisas diferentes do seu cotidiano. Sua análise era baseada em seus conhecimentos não contestáveis, pois não haveria sentido acreditar em outras verdades, se sua vida se manteve adequada no caminho considerado retilíneo até tal diferença surgir. Essa é a base para o Etnocentrismo, atitude de considerar seu meio e cultura superiores aos demais... Daí surge o preconceito!
O que se exige de um ser que possui o raciocínio é que, antes de ter um ato de discriminação, ele faça uma análise de tal diferença, para assim, poder compreendê-la. Como explanei anteriormente, não haveria sentido acreditar em outra verdade se a sua está adequada, pois tal verdade o faz criar certos conceitos para tal diferença, que logicamente estão “corretos”, criando-se conceitos precocemente, materializando o preconceito.
No entanto, salientemos que o preconceito não possui a obrigatoriedade de ser maligno, podendo este ser ingênuo, benéfico, inocente, etc. O ato de apresentar algum preconceito não é tão condenável, afinal, ele surge de acordo com seu nível de compreensão sobre algo, alguém ou alguma coisa, havendo uma diferença em "ser ignorante" e "saber, mas não aceitar".
O ignorante é aquele que se depara com uma diferença para seu mundo, desenvolvendo diversos preconceitos, até entender e aceitar tal diferença. Porém, quando este não a aceita, provavelmente desenvolverá atos de discriminação, condenáveis de acordo com a moral, ética e leis vigentes no ambiente que o cerca.
Como saber se tais diferenças são ou não algo de ruim?
Muitas pessoas respondem essa questão de acordo com sua moral ou crença, pois o ato de não saber lidar com as diferenças provém do Etnocentrismo. O correto, apesar de lamentavelmente improvável, seria analisarmos cada caso: se os mesmos não forem desrespeitosos com o próximo, forem sinceros e não impedirem a paz, não há motivos para se desenvolver algum preconceito negativo!
Mas o que ocorre com o ser humano? Este ser domina o orgulho e a alienação, se nega estar errado em alguma coisa, não percebendo que não é ele que está errado, afinal o natural do ser humano é ficar em grupo, estar em união com semelhantes, compartilhar dogmas e crenças e, portanto, errar em grupo! Fazem o ser humano acreditar no contrário de sua essência, o fazem adentrar grupos com alguma verdade suprema e os que estão de fora destes cenários estão errados, ou são profanos. É tudo uma questão de manipulação, mantida por si mesmo, pois a partir do momento em que tais verdades são “inquestionáveis“, serão mantidas, não por algum ser que a mantém por interesse, e sim porque a maior parte das pessoas estão inseridas nestas verdades. Tudo segue o caminho natural da mudança, mas não é certo que os injustiçados desenvolvam um preconceito aos que os vêem como “errados”, sendo correto mostrar o que eles possuem de bom, seja a cor, gênero, etnia, religião, sexualidade, etc...
Também há a necessidade de analisar o conceito de preconceito e discriminação. Não podemos exigir que uma pessoa entenda e aceite as diferenças, por questão de opinião, mas esta deve permitir o livre tráfego e a livre expressão de pensamento, pois o ato de discriminação é sinal de fraqueza e desrespeito.
OK... Já falei sobre o preconceito e a discriminação, e suas diferenças são básicas: o preconceito é a não aceitação e a discriminação é não permitir as diferenças com ações desrespeitosas e/ou excludentes!
Ambos são inseridos no intelecto das pessoas, mesmo que seja no seu subconsciente, pois o ser humano é sensível a mudanças, nunca permitindo-as, nem tampouco adaptações, desejando sempre que o mundo e os outros se adaptem a ele... Pensamento Ardil!
Concluímos que o preconceito envolve a negativa da auto-aceitação de erros e falhas, não sendo algo tão simples que se resolva apenas com uma pergunta “Por quê?”... Envolve muitas outras coisas...
E não podemos esquecer que não aceitar, sobre nenhuma circunstância, que alguém tenha qualquer tipo de preconceito também é uma atitude de discriminação.
Proponho neste artigo uma reflexão, apontando para TODAS as formas de preconceito...
Com os olhos da Providência, analisem o quanto são podres ao rotular coisas e pessoas!
Preconceito é a idéia... Discriminação é a idéia colocada em prática!
Em algum momento você pode não gostar de uma pessoa com determinada característica, feia ou bonita, bizarra ou estigmatizada... atos de preconceito. A partir do momento que você passa a proferir insultos ou qualquer outro tipo de atitude pejorativa, é discriminação.
Aprendemos que o preconceito leva à discriminação... Deficientes Mentais, como os autistas, são considerados inferiores e excluídos por aqueles que se consideram “normais”, ou "melhores", como acontece em divulgações por jornalistas, principalmente por autoridades e políticos midiáticos. O preconceito e a discriminação variam pela maneira com que cada cronista, colunista, apresentador de rádio ou televisão se expressam e, principalmente, quando exteriorizam o desprezo por determinados grupos portadores de alguma deficiência, da mente ou não, de algum grupo étnico, religioso, etc., encontrados em determinadas situações. Discriminação é um conceito mais amplo e dinâmico que o preconceito.
A discriminação pode ser provocada por indivíduos e por instituições, enquanto que o preconceito, só pelo indivíduo. A imprensa, sem generalizar é claro, principalmente a televisão, que precisa manter a sanha comercial mascarada de imparcialidade, não se preocupa com o conhecimento da causa que leva a reportar. Um jornalista, em nome da ética profissional, muitas vezes pressionado pelo manual de redação e ainda o fantasma do desemprego, embora bem intencionado, acaba cometendo equívocos lamentáveis por falta de conhecimento, partindo do princípio de que a sua fictícia missão de bem informar o impede, pelo menos, de saber o significado do que está falando.
Julgamentos rápidos são muito perigosos. A Psicologia diz que "os estereótipos são vistos como um mecanismo necessário para entendimento da informação". Por uma inexplicável falta de conhecimento, como o que acontece especificamente com o autista, que em nome da cultura do “achismo”, da influência de algumas pessoas públicas, da imprensa e principalmente no meio político, por achar a palavra incomum, sem ao menos buscar a realidade do que é, falam, rotulam e citam pejorativamente, provocando ferimentos difíceis de cicatrizar em quem nada tem a ver com a sua desinformação.
Rotular qualquer coisa ou pessoa, não importa o que ou quem, representa ignorância, e é um caso de covardia e crueldade. Devemos fomentar a espiritualidade em nossas vidas, antes que modismos descartáveis eliminem até os conceitos de família.
Barack Obama contrariou os estereótipos negativos a respeito dos negros, mas algumas pessoas contrárias a qualquer tipo de inclusão social já estão criando um subtipo de negros, os Profissionais Negros, em vez de contestar o estereótipo geral, neutralizando noções preconcebidas, como fizeram com caloura Suzan Boyle. A deficiência não faz parte da pessoa, pois se é bonita ou simpática, as outras riem das piadas e interagem com ela, de uma forma que facilita a interação social... Mas se uma pessoa não é atraente, é mais difícil conseguir todas estas coisas, porque as outras pessoas não a procuram.
A caloura Suzan Boyle já passou à categoria de profissional. Outros discriminados por situações parecidas foram extintos do meio artístico. Recentemente as preocupações do mundo se voltavam (e se voltam ainda!) para o vírus Influenza H1N1, mais conhecido como "Gripe Suína". O porco, que nada tem a ver com resfriado ou gripe, em muitos países está deixando de ser alimento. Está sendo discriminado, banido ou morto, e isso é preconceito!
Chega de rótulos... prendamos nossas atenções à essência!
NAMASTE!

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