A geração que hoje passa pela adolescência e juventude tem características bem diferentes das anteriores, e o imediatismo é uma das marcas mais presentes nas relações que envolvem amizade, namoro, família e relações interpessoais.
Internet, telefone celular e redes sociais são tão comuns que parece que a vida dos jovens muitas vezes está baseada numa comunicação instantânea e sem profundidade. É verdade que o computador e a Internet trouxeram muitos benefícios e crescimento para a humanidade.
O problema começou quando passamos a manter relacionamentos sempre à distância.
À medida que evoluímos em tecnologia e desenvolvimento, infelizmente vamos deixando para traz os hábitos e os costumes das nossas gerações passadas, e até mesmo a palavra "amigo" passou a ter outra conotação para os adolescentes quando surgiram as redes sociais, já que ali é possível alguém ter uma multidão de "amigos". Antes dessas redes, um amigo era geralmente uma pessoa muito próxima, alguém com quem se podia trocar confidências, desabafos, segredos, e contar em todas as horas.
Assim, os jovens acabam competindo por mais e mais amigos - pessoas que ele normalmente nem conhece. Possuir a maior lista de amigos, hoje, é status!
A quantidade e a aparência de felicidade são o mais importante para eles, não importando a qualidade deste processo. E como o "amigo" é agora apenas um número, ele pode ser trocado por qualquer motivo. Logo, a amizade fica descartável e o comportamento do jovem passa a ser coerente com o tipo de vida que ele vive: tudo rápido e descartável.
A verdade é que os adolescentes de hoje vivem num mundo
em que o ter e o mostrar se tornaram verbos de ordem.O que resulta disto é que pouco se sente, muito se mostra e o jovem passa a acreditar que o que vê no outro é o que o outro é, e então começa a se sentir menos e a querer para si o que o outro mostra, sem pensar que aquilo é apenas uma imagem, não uma pessoa, é apenas "alguém" que "alguém" tenta mostrar para o restante do mundo!
Desse modo, o jovem passa a guardar angústias e querer mostrar que é feliz... Apenas "mostrar", pois está longe de "sentir"!
Com a superficialidade dos relacionamentos, ele não pode compartilhar sentimentos com os amigos e acaba isolado em seu Universo virtual. O que ele não sabe é que quando conhecemos e nos envolvemos com o outro, também passamos a nos conhecer melhor, aceitar a nossa humanidade e isto implica tempo, disponibilidade, renúncias, paciência, dedicação...
Experimentar estes comportamentos nos torna menos imediatistas, mais conscienciosos e pacientes. Se você ficou preocupado(a) com seu filho, calma. Os pais têm um papel importante, são referenciais. Então, dê o melhor exemplo, mantendo relacionamentos baseados em confiança e ensinando como é bom compartilhar sentimentos com os outros.
Ficar horas defronte ao computador ensinará qual postura a seu filho?Você pode ajudar limitando e responsabilizando o jovem por determinados comportamentos, dividindo tarefas, apresentando-lhe o "perder para ganhar", e é importante que eles saibam que ter 999 amigos numa rede social certamente vale muito menos que a turma boa da escola ou faculdade, e vale absurdamente menos que aquele amigo que lhe oferecerá os ombros, o colo, e uma palavra de acalento, no momento de maior angustia e tristeza.
Preocupado(a) com o que você, subjetivamente ou até mesmo inconscientemente, vem ensinando para seu filho? Assista ao vídeo abaixo!
NAMASTE!