sábado, 7 de março de 2009

Conversei com a Lua!

Você aí, que olha de cima!
Me conta uma coisa:
- Quanto mais perto do Criador,
mais dolorida é a paulada?
Você, que é testemunha
de tudo e de todos...
Para uns, brilha...
Para outros, reflete sua sombra!
Você, que é cenário de paixões
enlouquecidas, mas por vezes
cenário de ilicitudes!
Você, que muitas vezes
foi minha parceira num tinto!
Me conta uma coisa:
- Quantas crianças perderão sua infância,
quantas mães
solteiras e crianças abandonadas,
quantas entrarão para o tráfico, quantas morrerão em vão,
apenas para pessoas comuns, artistas, profissionais, escritores,
pessoas comuns, trabalhadores, pais de família, mães de família,
apenas para pessoas comuns fumarem um baseadinho inocente?

Você, que ilumina os notívagos,
me conta uma coisa:
- Quanto de tráfico de armas,
de influências,
de droga pesada,
de adulteração de combustíveis,
quanto disso tudo é necessário
para que se perceba definitivamente
que
a liberdade de ação e expressão
é o melhor para todos?

Quanto mais se proibe, mais gostoso fica!
Se não é proibido e não corre risco, não tem graça!
É difícil... sou uma agulha tentando
sobreviver no meio do palheiro... e assim vamos!
Obrigado por me ouvir e me intuir!
Amanhã direi a todos que Conversei com a Lua!...
NAMASTE!

4 C O M E N T Á R I O (S)

Anônimo disse...

É...
Se eu lhe disser:
- "Não pense em uma Rosa!"
Em que vai pensar?rs
Realmente a Lua de hoje
está sujestiva à um bom papo!
Parabéns pelo texto!
Kamilla..

aedra disse...

seu texto brilha como a lua,gostei muito..........

aedra

Anônimo disse...

NOSSA!
Lendo seu texto, a profundidade
da conversa entre você e a lua,
realmente "visualizei" a cena!
Muito legal... bela brisa!
Beijoooossssss
CAROLINE

Fernanda Toledo disse...

Do que mais a lua terá que ser testemunha?
Ja não basta as guerras?
Ja não basta os campos de concentração?

O que mais ela terá que testemunhar sobre esta terra de miseráveis?
Até que um dia , numa invensão magnífica, apaguem de vez o seu brilho, restando apenas o artificial: o neon, as lâmpadas... Aí não mais haverá cumplicidade dela e dos amantes; dos contempladores da noite; dos solitários e dos bem acompanhados ,que debaixo dela, neste mesmo cenário, devidem horror e amor!

Se todos pudessem escuta-la, assim como você, veriam o quanto ela reclama por falta de sentimento humano.

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