quinta-feira, 1 de abril de 2010

Olho no Olho!

Numa época em que muito se comenta sobre o futuro da comunicação por meio das novas ferramentas digitais, como a internet, seus adjacentes e adventos (Intranet Corporativa, SMS, e-mail, 3G, Wi-Fi, Blogs, Twitter, Redes Sociais, MSN, Skype, etc.), é fundamental destacar a importância do relacionamento interpessoal na transmissão de confiança e convencimento, dois atributos essenciais para a condução de tudo na vida, sejam de cunho pessoal, profissional ou em relações que envolvem o coração metafórico.
As dificuldades para conduzir idéias, exprimir opiniões e confrontar conceitos têm surgido quando as pessoas tentam substituir os relacionamentos pela tecnologia.
Aos pensamentos me vem o filho de um amigo que "mora" no Orkut, MSN e outras ferramentas On-Line. Me contou este amigo que o filho foi passar o Carnaval em Caldas Novas e ficou mais tempo conectado do que curtindo as piscinas termais.
Claro que os recursos tecnológicos são fundamentais para a rotina diária, principalmente no ambiente profissional, e que muitas vezes ajudam a aproximar as pessoas e incentivar a colaboração. Porém fica claro que nada substitui a comunicação face a face para a construção e fortalecimento de relações, em particular nos processos que envolvem mais emoção do que razão.
Por mais ágeis e objetivas que sejam, ferramentas como o e-mail ou uma apresentação de PowerPoint não são suficientemente capazes de substituir o vínculo de confiança, transparência e credibilidade que surgem dos contatos pessoais que estão, por exemplo, na base dos processos de diálogo em um jogo de conquistas em relacionamentos, em acordos profissionais, bem como nas tarefas diárias.
Só quando existe uma disposição de ouvir e entender os nossos interlocutores, conhecendo as suas intenções, seus interesses, suas preocupações e até o que lhes provocam resistência é que é possível estabelecer uma comunicação efetiva.
Mas questiono: como fazíamos quando a internet era algo novo, quando as comunicações interestaduais se resumiam nas cartas ou nas ligações DDD, ou quando a comunicação telefônica se resumia na antiga Telesp??
Entender que nenhum recurso tecnológico substitui o contato pessoal e a comunicação "Olho no Olho" é imprescindível, principalmente quando um dos pontos em questão é a confidencialidade. Afinal, quem nunca precisou se deslocar fisicamente, por maior que fosse a distância, somente para uma boa conversa? Quantos de vocês leitores de meus artigos já passaram por algum tipo de stress em relacionamentos amorosos, devido à frieza do SMS e das mensagens instantâneas, como o MSN?
Embora tenha à disposição uma série de recursos tecnológicos, digitais e virtuais, inclusive o e-mail, que necessita de apenas alguns segundos para cumprir a sua função de informar, é por meio da comunicação verbal e do relacionamento pessoal que as regras serão definidas, as condições impostas, as expectativas expostas e as experiências trocadas,
com o sigilo que se faz necessário no momento.
Como exemplo prático, quantos e-mails bem redigidos e revisados escondiam um profissional sem talento, sem pudor nem tampouco caráter? Quem já conheceu alguém pela internet a partir de imagens previamente escolhidas, mas que, na vida real, não era tudo aquilo que você imaginava?
E porque você que está lendo este artigo deve definir meu caráter, minhas qualidades e defeitos simplesmente com o ato de ler o que escrevo?
Tecnologia e comunicação podem e devem caminhar juntas, complementando uma a outra. O grande desafio, diante da profusão de novos recursos e ferramentas, é compreender o alcance e os limites da tecnologia. Para que a comunicação se realize, o relacionamento interpessoal, ontem e hoje, é a garantia de assertividade na busca pelos resultados desejados.
Um acordo profissional, a compra de algum produto ou o início de um relacionamento podem e, por praticidade, devem usar e abusar da tecnologia, mas um aperto de mão, um abraço, um beijo, ou um passeio no bosque são e serão sempre muito bem vindos!
A vida é assim...
E assim se segue...
NAMASTE!

2 C O M E N T Á R I O (S)

Tamara disse...

Pois é... Nada substitui o contato físico, pessoal: O abraço é confortador, o beijo é envolvente, a conversa é intimista...
Tudo isso é necessário para que os relacionamentos sejam reais...
Bom texto.
bjus

Jamir. disse...

1) O filho citado no artigo é o meu...kkkkkkkkkkk

2) Nada como um bom olho no olho...realmente diz muita coisa, Net só tras desilusões.

Um abraço meu velho...excelente artigo, como sempre...sei bem o que quiz dizer com tudo isso.

Jamir.

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