sexta-feira, 27 de março de 2009

Causa e Propósito!

Sob o ponto de vista de quem atravessa um momento de sofrimento agudo em sua existência, nada pode ser mais inoportuno e desagradável do que alguém racionalizar ou tentar explicar as causas de sua dor com base em eventos passados, pois ninguém tem o poder de explicar vicissitudes e explicações que não viveu!
A racionalização em momento inoportuno, longe de causar alívio, pode até mesmo aumentar o sofrimento e a revolta, por ver alguém racionalizando friamente sobre seu sofrimento, em um momento em que desejaria receber conforto, empatia e calor humano.
O Carma e o Darma (respectivamente, a Causa e o Propósito dos eventos!) devem ser estudados em situações prévias de estabilidade e de normalidade e jamais devemos atormentar e fomentar com racionalizações e explicações em um momento de sofrimento intenso. Mas não há dúvida de que esses estudos são importantes e sua compreensão prévia pode auxiliar o sofredor na compreensão e na absorção de seu sofrimento.
A maior contribuição do pensamento oriental ao Ocidente foi a noção de Carma como um encadeamento de causas pretéritas formando o cenário e as condições de nossa vida presente. A palavra Carma já está definitivamente incorporada ao vernáculo de todas as nações ocidentais, e mesmo as pessoas que não se identificam com a filosofia oriental ou com a espiritualidade sabem o que significa essa palavra e falam fluentemente sobre o Carma, embora de forma muitas vezes simplista e distorcida. O pensamento comum supõe que um Carma seja uma espécie de operação aritmética de soma e subtração, quando, na verdade, é uma função integral absurdamente complexa em que um conjunto de causas interage holograficamente para gerar um efeito.
E há outra questão ainda mais complexa: O conceito de Carma foi introduzido no Ocidente sem o conceito complementar e associado ao Carma, que é o Darma!
A única explicação para esse fato é que o Darma constitui um conceito ainda mais complexo e sutil do que o próprio Carma. A própria diversidade na tradução da palavra Darma já é um indício dessa complexidade. Há muitas traduções, sem que nenhuma delas consiga transmitir em sua plenitude o significado original do sânscrito Dharma: retidão, dever, religião, evolução, conduta correta, preceitos, moral, ensinamento, etc. De fato, todas essas traduções são incompletas. Como princípio complementar ao Carma, o Darma pode ser compreendido como a linha de tendência que devemos seguir rumo à verdade, sendo essa linha de tendência resultante do alinhamento do nosso Carma em uma determinada direção, que é o propósito e o rumo de nossa existência. O Carma é composto por muitas linhas divergentes e conflitantes, decorrentes das diversas ações harmônicas e desarmônicas que cometemos no passado. A linha de tendência resultante de todas essas múltiplas ações aponta numa determinada direção e assumem um determinado propósito alinhado com a ordem divina da Providência e de nossa vida em particular.
Essa direção é o Darma!
O Darma é aquilo que os cristãos (particularmente os protestantes!) costumam chamar de “O Plano de Deus para nossa vida!”. Para atingirmos o nosso Darma, temos de navegar nas ondas revoltas do Carma, até que essas ondas estejam todas alinhadas e não exista mais diferença entre o Carma e o Darma. Quanto mais anulamos o nosso Carma, mais tomamos consciência do nosso Darma e mais alinhamos nossa vida com ele. Todavia, mesmo a pessoa que está vivendo uma fase de turbulência existencial e intenso sofrimento, está trabalhando simultaneamente seu Darma, com a diferença de que está navegando uma onda periférica e prioritária, ilusoriamente afastada do curso normal de sua existência, o que não é verdade se virmos o fato no plano espiritual.
É como um motorista numa estrada que se afasta da via principal para trocar um pneu ou reabastecer o seu veículo. Logo que essa operação for concluída, ele retorna à via principal. Naquele momento específico de sua viagem, a operação de troca dos pneus ou de reabastecimento foi mais importante do que seguir o curso normal da viagem.
Para quem não conhece seus reais objetivos, o afastamento da estrada pode parecer uma insanidade. A grande dificuldade para se entender esse conceito é que, na vida real, nem mesmo o próprio viajante conhece os objetivos e os desvios de percurso. As coisas parecem simplesmente acontecer impulsionadas por uma força desconhecida. O conhecimento do Carma e do Darma facilita a compreensão desse processo, mesmo com o desconhecimento das forças causais e das linhas de tendência futura, que estão operando a cada instante, mudando o panorama de nossa vida e trazendo novas situações agradáveis ou desagradáveis.
Está claro para todos que os eventos penosos que ocorrem em nossa vida constituem uma manifestação do Carma, a colheita de causas passadas, a colheita dos frutos amargos, cujas sementes plantamos nesta ou em existências pretéritas.
O que não está tão claro é que o sofrimento tem também um propósito Dármico, o objetivo de eliminar o Carma e de direcionar o espírito para determinada direção, produzindo maior sensibilidade e empatia. Só na escola do sofrimento é possível desenvolver empatia com os que sofrem dores semelhantes às nossas. Os seres dotados desse tipo de empatia, caso não estejam sofrendo na situação presente, já sofreram dores atrozes no passado, tendo, através disso, adquirido a empatia de forma permanente.
Os grandes seres benfeitores da humanidade têm esse sentimento de empatia de forma permanente e em um grau extraordinariamente alto. Em função disso, sofrem intensamente todas as dores da humanidade. O sofrimento intenso e universalizado desses grandes seres é, todavia, neutralizado e equilibrado por uma sensação de êxtase advinda da percepção da unidade da vida e da percepção consciente de que o glorioso plano da Providência abrange todas essas distorções localizadas e particulares. Essa mescla de sentimentos e percepções faz com que os grandes avatares sintetizem o sofrimento e o êxtase em uma sensação unificada e fora da nossa compreensão, como se o sofrimento fosse o travo amargo de um vinho tinto saboroso.
Diziam os antigos, com uma sabedoria que ultrapassa as próprias palavras:
“O vinho é amargo, mas tem o sabor da vida!”...
No exterior do Meu Cazzzulo, duas pessoas, em seus Universos distintos, comemoram na data de hoje a chegada nesta morada.
Duas pessoas que interagem e acompanham de perto minhas vicissitudes e expiações, uma nas linhas íngremes de meu Carma e outra nas linhas tênues de meu Darma. Dois seres, em graus diferentes de evolução...
Minha co-criadora e Mãe, e meu amigo Paulo Jr... À eles, Parabéns e Felicidades!
NAMASTE!

terça-feira, 24 de março de 2009

Mário Quintana!

O poeta biográfico.
Aquele que optou pela solidão das gotas da caneta tinteiro, solidão das palavras soltas, palavras que já serviram, servem e servirão...

Abaixo, três nuances que me cabem!!

___ Os Passarinhos___

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste, desesperado e solitário...
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada... Com o teu passo leve... Com esses teus cabelos... E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita...
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil...
Aonde viessem pousar os passarinhos.

___Poeminha do Contra___

Todos estes que aí estão
atravancando o meu caminho...
Eles passarão...
Eu passarinho!

___Esperança___

Lá bem no alto do décimo segundo andar
do ano vive uma louca chamada Esperança.
E ela pensa que quando todas as sirenas...
Todas as buzinas...
Todos os reco-recos tocarem...
Atira-se!!!
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada...
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!...)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
NAMASTE!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Elegância!

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que,
talvez por isso, esteja cada vez mais rara:
A Elegância no Comportamento!
Tratamos neste Artigo de um dom, que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada...
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam, e quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca, "Palavras jogadas ao vento!".
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais!
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando para depois decidir se está ou não!
Oferecer flores é sempre elegante!
É elegante não ficar espaçoso demais...
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém
jamais saber o quanto você teve que se desdobrar para fazê-lo.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado
não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, um livro que ensine a "estar" no mundo de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza... Atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém é muito elegante...
Dar o lugar para alguém sentar é muito elegante...
Sorrir sempre é muito elegante
e faz um bem danado para a alma...
Oferecer ajuda é muito elegante...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar tal delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir "licencinha" para o nosso lado brucutu, que acha que
"entre amigos não deve existir tais frescuras".
Se os amigos não merecem certa cordialidade, os inimigos é que não vão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso... Detalhe: não é frescura!
Eu, na maioria das 24 horas de meu dia, sou um Homem Elegante!
NAMASTE!

segunda-feira, 16 de março de 2009

...antes da Meia-Noite!


Amanhã, antes da Meia Noite!
Amanhã vou levantar cedo pensando no que tenho
a fazer antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter amanhã.
Posso reclamar porque está chovendo
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir
encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado
todo o Amor que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico
ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar
com a possibilidade de fazer novas amizades...
Se as coisas não saíram como planejei posso
ficar feliz por ter o dia seguinte para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando
para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor
que pode dar forma.
Tudo depende só de mim...
(Charles Chaplin)

NAMASTE!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Divindade Feminina... Quem é Ela?

Quem é Ela?
Ela é uma jovem
de olhos brilhantes
sem medo no coração!
Ela traz o amanhecer...

Quem é Ela?
Ela é jovem...
O sonho ousado
que caminha só...
Ela caminha só,
Crescente de prata,
Amada Donzela
Jovem, venha?

Quem é Ela?
Ela é a amante!
Seus ossos e sangue
simbolizam a Terra...
É Ela quem nos sustenta!

Quem é Ela?
Ela é a amante
e a bondade que jamais falha!
Ela caminha sobre o poder,
Abençoada Lua Cheia,
Sagrada Senhora
Mãe, venha?

Quem é Ela,
Ela é Velha...
Que sobrevive
além do medo,
sorrindo bem do alto...

Quem é Ela?
Ela é a Velha
amável e sábia
que conduz a vida...
Ela conduz a sua vida!
Dourada minguante
Honrada Anciã,
Velha, Venha?

Quem é Ela?


A adoração à Divindade Feminina foi a primeira Religião estabelecida pelos seres humanos. Muitas evidências arqueológicas, que incluíam estátuas, amuletos, cerâmicas, pinturas nas cavernas e outras imagens indicando a veneração à uma Divindade Feminina foram descobertas, comprovando a existência de um culto primordial, no qual uma Divindade Criadora Feminina era adorada.
Merlin Stone, em "When God was a Woman" (Quando Deus era uma Mulher), relata:
"Arqueólogos localizaram evidências de adoração à uma Divindade Feminina antes das comunidades do período Neolítico, cerca de 7000 a.C.; Algumas das esculturas datam do Paleolítico Superior, cerca de 25000 a.C.. Desde as origens Neolíticas, sua existência foi comprovada repetidamente até os tempos romanos."
A evidência mais convincente de adoração à uma Divindade Feminina vem de numerosas esculturas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas, nádegas e vulvas de dimensões exageradas. Essas imagens foram intituladas pelos arqueólogos como estatuetas de Vênus, ou ídolos do culto à Grande Mãe. Elas são feitas de pedra, osso, barro e foram descobertas perto dos restos de paredes das primeiras habitações humanas. Estas estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos 10 mil anos. Tais esculturas não significam meras decorações das pessoas que as criaram, mas são, sim, objetos profundamente importantes porque representam o meio pelo qual os seres humanos se expressavam antes mesmo de começarem a utilizar a fala.
A arte, através da história, sempre revelou o que as culturas valorizavam e o conhecimento que tentavam passar às gerações futuras. Claramente o parto, a maternidade e a sexualidade feminina eram considerados sagrados. Isso nos mostra que essas culturas tiveram pouco ou nenhum conhecimento do papel do homem na reprodução. Para todos, a mulher concebia o bebê por ela mesma. Sexo não era associado com o parto, e as mulheres foram consideradas as doadoras exclusivas da vida. Até hoje, algumas culturas antigas e isoladas acreditam que o homem não tem participação nenhuma na concepção. Além disso, como o conceito de paternidade ainda não tinha sido entendido, as crianças só pertenciam às mães e à comunidade. Crianças "ilegítimas" não existiam.
As crianças levavam o nome de suas mães e a família descendia pela linhagem materna. Esta estrutura social, baseada na afinidade feminina, é chamada de "matrilinear" e ainda existe em algumas partes da África, Índia, Melanésia e Micronésia. As culturas primitivas eram freqüentemente matrifocais, ou seja, quando uma mulher casava, o marido ia morar com a família da esposa, em vez de a mulher ser desarraigada e se mudar para a casa da família do marido. Isto significa que as mulheres detiveram todo o poder e o status da mulher na sociedade teria sido certamente cada vez mais alto, não fosse a queda matrilinear. Em um determinado momento da história a Divindade Feminina foi caçada, desmerecida, descaracterizada, humilhada proposital e buliçosamente pela Era Cristã, tendo sua real divindade guardada secretamente até hoje e durante séculos, por SS´s e adjascentes. Se não fosse o domínio patriarcal da sociedade e da religião, as mulheres jamais teriam sido totalmente dependentes dos homens e consideradas suas propriedades. A importância da virgindade e os castigos por adultério não teriam existido, pois eles fazem parte de conceitos patrilineares, em que a paternidade é mais estimada que a maternidade.
A adoração à uma Divindade Feminina nas culturas antigas incluía o papel principal das mulheres nos trabalhos religiosos e nas celebrações sagradas. As mulheres eram as grandes Sacerdotisas, Adivinhas, Parteiras, Poetisas e Curandeiras. Elas presidiam templos erguidos somente a Deusas como Ishtar, Ísis, Brigit, Ártemis e Diana, que estão entre as mais populares.
Do envolvimento das mulheres com a religião vieram muitos avanços, como o conhecimento do poder das ervas, que curavam os doentes e aliviavam a dor do parto, até o primeiro calendário, o calendário lunar, que foi utilizado por muito tempo e que pode ter-se originado no procedimento de mulheres que observavam seus ciclos menstruais e os comparavam com os ciclos da Lua. O Calendário Gregoriano, formato que seguimos nos dias de hoje, possui traços, características que remetem ao ciclo menstrual feminino. Além da astronomia, as mulheres desenvolveram também os idiomas, a agricultura, a culinária, a cerâmica e muito mais.
As contribuições das mulheres para as culturas humanas são inúmeras e nunca tiveram o devido crédito e valor. A Divindade Feminina teve grande popularidade e proeminência até que as religiões patriarcais, como Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, entre outras, silenciaram-na. A mudança para o patriarcado foi gradual e procedeu de uma reformulação nos sistemas de parentesco que se tornou de matrilinear a patrilinear. A ênfase na paternidade e no homem é clara e evidente nas principais religiões praticadas até hoje. A relação de pai/filho e Deus/Jesus é a chave do Cristianismo, embora a figura da mãe tenha conseguido persistir, aparecendo no Catolicismo na figura de Maria,
que subjetivamente é chamada de "A Mãe de Deus".
Outro fator relativo à ascensão das religiões patriarcais foi a ênfase às ditaduras militares, que aumentaram o culto aos Deuses guerreiros.
Esther Harding, em "Women's Mysteries" (Mistérios das Mulheres) expõe: "A subida do poder masculino e da sociedade patriarcal provavelmente começou quando o homem passou a acumular bens e prosperidade, o que não é comunitário, e achou que a sua força pessoal e coragem pudessem aumentar suas posses e riquezas. Esta mudança de poder secular coincidiu com a subida da adoração ao Sol sob um sacerdócio masculino que começou a substituir os muitos cultos à Lua realizados desde tempos imemoráveis." Assim, como os homens ganharam poder sobre as mulheres e o masculino se tornou a Grande Divindade, o Sagrado Feminino passou a ser reconhecido cada vez menos.
A ausência do culto à Divindade Feminina trouxe guerras, crimes, regras e tirania. A Divindade Feminina é a Divindade Suprema adorada nas práticas Pagãs. Ela foi adorada ao redor do mundo por milhares de anos, até ser silenciada através das religiões patriarcais. Adorações à Divindade Feminina e seus cultos ressurgiram e contam com grande adoração, contemplação e estudos filosóficos entre:

- Feministas, que buscam uma dimensão espiritual para as suas causas políticas;
- Aqueles que se interessam pelas religiões antigas,
abrangendo aqui todas as manifestações Pagãs;
- Mulheres e homens comuns que sentem que algo está se perdendo
nas proeminentes religiões organizadas de hoje;
- Intelectuais, Estudiosos, Profissionais Liberais, muitos ocupando posições sociais formadoras de opinião, todos pertencentes à grupos que guardam, preservam e defendem os grandes segredos da Divindade Feminina!

É difícil definir a Divindade Feminina em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes. Para alguns Ela é a única Divindade existente.
A Divindade Feminina não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.
Ela foi chamada Ishtar, Astarte, Inanna, Lilith, Ísis, Maat, Brigit, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianhod, Ceridwen, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Kuan, Yi, Pele e Mary, entre muitos outros nomes e, recentemente em um best-seller, seus predicados foram apontados à Maria Madalena. À Divindade Feminina foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.
A Divindade Feminina é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Transformadora.
Tudo vem Dela e tudo retornará à Ela.
A Divindade Feminina, que pessoalmente me refiro como "A Providência", está contida em tudo e se revela no Universo, nas Galáxias, na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d'água e em cada grão de areia. A Providência não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que está aqui conosco, vive e se manifesta em cada um de nós, em tudo e em todos!
Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã...
Ela é a Força Criadora... não importa sua religião!
Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos!
NAMASTE!

terça-feira, 10 de março de 2009

Comentário Especial!

Para que seu Blog seja visitado, para seus leitores interagirem com você, comentarem seu trabalho, suas crônicas, seus artigos, é de suma importância que você visite Blogs alheios, comente sobre tudo e todos! O que gostar de ler, comente por sensibilidade... O que não gostar de ler, comente por racionalidade... mas comente... comente SEMPRE!
Esse ato fará que, no mínimo, o proprietário do Blog leia alguns de seus artigos, ou até mesmo que acompanhe seu Blog com frequência. Os frequentadores de todo este Universo, em um simples ato de "comentar", opinar, faz seu Blog tomar corpo, faz seu Blog, seus Artigos, Crônicas, Poemas, Retóricas, Desabáfos, etc. serem conhecidos, lidos, e também comentados. Uma bola de neve se cria, um comenta o do outro, que comentou o do outro, que havia comentado naquele outro, e por aí vai...
Nessas minhas andanças virtuais no exterior do Meu Cazzzulo, uma das atividades favoritas é Blogar. Tentando resumir MUITO, "Blogar", na minha concepção significa escrever, ler, interagir, compartilhar afinidades e sensibilidades... E neste Universo, como comentei a pouco, "comentar" textos alheios é a ferramenta mais utilizada para estabelecer uma comunicação. É prática natural ler textos, comentá-los, ler comentários,
"comentar comentários"...
A expansão dessa teia faz você encontrar diversos e inúmeros comentários de profunda sensibilidade, mas também encontrar comentários redundantes, erros gritantes de português (muitas vezes na tentativa de "escrever bonito"!), opiniões antigas, inadequadas, antiquadas, devaneios sem fim,
frases feitas, prontas, textos frios...
Comentar e até mesmo opinar sobre um texto, seja ele um Artigo, uma Crônica, um Poema, etc, significa expor minha sensibilidade ao autor, expor o que sinto ou o que acho a respeito do que o autor expõe. Esse ato abre um canal de comunicação, donde há de surgir inúmeras outras interações, expandindo ainda
mais a grande teia da Internet!
Frases prontas, devaneios desgovernados e sem fim,
comentários sem sentido ou nexo, me desculpem,
mas como diz a Copélia: "Prefiro não comentar!"...
Comente SIM, opine...
Exponha sua liberdade de expressão... Utilize-a!
Nesta tentativa, na minha prática da liberdade de "comentar", parei tudo o que fazia, me concentrei em criar um Comentário Especial, um comentário que homenageasse todos os comentários já postados em todos os Blogs que se conhece... um Comentário Especial, Único... minha inspiração customizou o comentário abaixo (Percebam a Profundidade!rs)...
.
.
.
...Comentar é transcender uma retórica eloquente, uma sequência de sinapses cíclicas, ou não, presentes na psique da sapiência ausente. Ausente pois não há o que não o é e por ventura, contudo, o que o é nem sempre por si há. Objetivo aquilo que não é.
Objetivo, entretanto, quando o é, não mais objetiva é a presença do nada. Apenas subserve-se de sobreposições que concomitantemente desnudam a frente daquilo que no pretérito estaria imperfeito, mas que no gerúndio, finalizo filosofando...

NAMASTE!

sábado, 7 de março de 2009

Conversei com a Lua!

Você aí, que olha de cima!
Me conta uma coisa:
- Quanto mais perto do Criador,
mais dolorida é a paulada?
Você, que é testemunha
de tudo e de todos...
Para uns, brilha...
Para outros, reflete sua sombra!
Você, que é cenário de paixões
enlouquecidas, mas por vezes
cenário de ilicitudes!
Você, que muitas vezes
foi minha parceira num tinto!
Me conta uma coisa:
- Quantas crianças perderão sua infância,
quantas mães
solteiras e crianças abandonadas,
quantas entrarão para o tráfico, quantas morrerão em vão,
apenas para pessoas comuns, artistas, profissionais, escritores,
pessoas comuns, trabalhadores, pais de família, mães de família,
apenas para pessoas comuns fumarem um baseadinho inocente?

Você, que ilumina os notívagos,
me conta uma coisa:
- Quanto de tráfico de armas,
de influências,
de droga pesada,
de adulteração de combustíveis,
quanto disso tudo é necessário
para que se perceba definitivamente
que
a liberdade de ação e expressão
é o melhor para todos?

Quanto mais se proibe, mais gostoso fica!
Se não é proibido e não corre risco, não tem graça!
É difícil... sou uma agulha tentando
sobreviver no meio do palheiro... e assim vamos!
Obrigado por me ouvir e me intuir!
Amanhã direi a todos que Conversei com a Lua!...
NAMASTE!

terça-feira, 3 de março de 2009

Sociedades Secretas!

As Sociedades Secretas
constituem um fenômeno universal.
Presente desde a Antigüidade, manifestando-se em todos os domínios da vida, quer seja a esfera política, a esfera econômica, a esfera militar, científica, religiosa, artística, notadamente literária, ou nesta que nos concerne a esfera da Tradição e do Ocultismo. No domínio político, por exemplo, muitos dos movimentos internacionais são nascidos nas ante-salas onde alguns obscuros políticos desconhecidos se reúnem para mudar o Mundo.
No domínio artístico, certos Círculos surrealistas funcionaram como Sociedades Secretas.
A Sociedade Secreta empresta formas múltiplas, mais ou menos adaptadas aos tempos e aos espaços em que estão inseridas. Das crianças aos velhos, todos os elementos de nossa sociedade fizeram, ou ainda farão uso direta ou indiretamente das facilidades e predicados de uma Sociedade Secreta. O famoso "Jeitinho Brasileiro" agregou fama na década de 60 com inúmeras manipulações políticas, se solidificou nos anos 80, muitos utilizando ainda como massa de manobra, e hoje é percebido no ato de livrar-se de multas e taxas, e até mesmo para furar fila de banco. Mas não podemos generalizar toda Sociedade Secreta como produtora de facilidades. Hoje as Sociedades Secretas constituem o vetor habitual de manifestação do mundo do Ocultismo, da Tradição e da Iniciação.
Este Universo se interpenetra com todos os registros de expressões da natureza humana.
O sublime costeia o medíocre, o vulgar costeia a beleza, o horror, a verdade, a mentira, o conhecimento, em um paradoxo vivo que permite a emergência do Ser. O Divino eleva-se mesmo no meio do vício. A fascinação do humano pelo secreto, sua tendência natural à auto-alucinação e ao maravilhoso recobriram a noção de Sociedade Secreta (as SS!) de um verniz de superstição e de crenças que tornam sua compreensão difícil.
Em nossa época moderna, pela multiplicidade de SS de pretensão Iniciática, cujo exame demonstra não serem, nem secretas, nem Iniciáticas, gerou uma confusão sem precedentes sobre o cenário já obscuro do Ocultismo e atraiu a atenção, dentre outros, de pesquisadores tradicionais ou universitários, do grande público e dos jornalistas, como dos serviços governamentais da maior parte dos Estados.
Faz-se urgente que se forneça alguns elementos de questionamento às numerosas pessoas que se interessam pelo Ocultismo, Tradições, ou mais freqüentemente pelas SS, a fim de colocarem-se em condição de passar da confusão ao discernimento.
A confusão permanecerá malgrado tudo, no geral e no particular, neste domínio, porque sem dúvida é ela indispensável para dissimular algumas SS de características verdadeiramente Iniciática e desqualificar a massa dos curiosos ou dos desequilibrados que são atraídos por este tema. A intenção deve ser a de fornecer àquele que procura, não à felicidade, mas a libertação, o despertar, alguns índices suficientes para detectar as pistas autênticas como as vias sem procedência, e tirar proveito dos erros que não deixará de cometer, como todos os questionadores autênticos fizeram antes dele.
Cito "Lança del Vasto", que descreveu perfeitamente a situação no prefácio do livro de Louis Cattiaux: Le Message Retrouvé (A Mensagem reencontrada):

...“A conjuração dos Imbecis, dos Charlatões,
e dos Sábios foi perfeitamente bem sucedida.
Esta conjuração teria como objetivo esconder a verdade...
Uns e outros serviram a esta grande causa,
cada um segundo seus meios:
Os Imbecis por meio da ignorância...
Os Charlatões por meio da mentira...
Os Sábios por meio do Grande Segredo!”
...

NAMASTE!