sábado, 27 de setembro de 2008

Analfabeto Político!

O pior analfabeto
é o Analfabeto Político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a criança brincando na beira do córrego fétido, o menor abandonado, a praça como cenário para o tráfico, nasce o corrupto atrás do que paga mais, aquele que está a espreita de vender algo para alguém,
e o pior de todos os bandidos, aquele político vigarista, pilantra,
o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Quando leio o parágrafo anterior me envergonho, pois me reconheço nele.
Passei então a estudar a diferença...
Hoje sei que política é a forma como utilizamos para administrar algo e ela não está restrita apenas ao "modus operantes" dos chefes de governo eleitos por nós pelo voto direto... há também a nossa política diária... como cuidamos de nossa casa, de nossa família, de nosso corpo, etc...
Tudo isto é política...
E eu a confundir politicagem (arte de ludibriar, enganar e levar vantagem, utilizando-se da máquina pública administrativa em benefício próprio) com política!
Metido hoje estou na política, cheio de ideologia e confiança em mudar o poder arcaico e coronelista por um poder do povo, com mais participação popular, com mais igualdade e justiça social. Acreditando no trabalho de equipe em prol de um mesmo ideal, na luta pelo mesmo candidato, não porque me beneficiarei diretamente disto se ele ganhar, mas porque ele fará a diferença (assim eu creio) não só em minha vida futura, mas na de toda uma população carente, oprimida, submissa e alienada do meu habitat.
Entretanto, confesso, as pessoas estão tão acostumadas à politicagem que é difícil lutar apenas por um ideal sem desanimar às vezes. Entristeço-me quando vejo que há entre nós alguns que querem fazer uma POLÍTICA realmente limpa e ideológica e é, na maioria das vezes, impedido desse exercício saudável por causa da herança politiqueira que está impregnada em nossa população, infectando meros coadjuvantes do processo.
Onde está o ideal?
Onde está o pensamento em beneficio do bem comum?
Por onde tenho passado, e quando estou no atual ambiente profissional comum, só vejo ANALFABETOS POLÍTICOS querendo exercer POLITICAGEM.
Questiono-me: Até quando ainda acreditarei que nosso país, um dia, saberá exercer uma política limpa, sadia, honesta, totalmente voltada em benefício do bem comum? Só sei que enquanto esse animal político estiver latente em mim darei minha cota de participação por uma sociedade mais justa, por menos desigualdade social e por um governo realmente político (voltado para uma administração que visa o benefício real da população que o elegeu)
e não um governo politiqueiro,
corrupto e malediscente.
Ao bem comum... NAMASTE!

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